Mega vazamento revela segredos do buscador Google

Página inicial do Google. Foto de Bastian Riccardi / Pexels

Sabe aquele segredo comercial guardado a sete chaves? Pois é, esse sempre foi um dos mistérios por traz do algoritmo do buscador Google. Mas parece que esse segredo veio a tona com um mega vazamento de informações confidenciais do buscador web mais famoso de todos os tempos. Essa situação gerou grande alvoroço entre especialistas do setor e usuários da web.

Em um mega vazamento ocorrido nesta semana, a Google se viu em uma situação delicada ao se deparar com a divulgação de documentos internos de seu sistema. Esse incidente revelou alguns detalhes sobre como o algoritmo do Google classifica e exibe os resultados de busca. Essas são informações em que a empresa sempre manteve em sigilo rigoroso para proteger sua vantagem competitiva e a integridade dos resultados de pesquisa.

Como os documentos do Google vazaram

Os documentos foram vazados em um repositório do GitHub, plataforma de controle e versionamento de códigos fonte utilizado por programadores de sistemas. Segundo informações, são milhares de páginas que revelam em detalhes como os dados são coletados e utilizados pela empresa.

Em uma publicação feita por Rand Fishkin no site SparkToro, ele revelou que no início deste mês recebeu um e-mail de uma pessoa afirmando ter acesso aos documentos vazados. Entretanto o caso ganhou maior repercussão na última semana do mês de maio. Na sua publicação ele enfatiza sobre as afirmações desse vazamento contradizerem as declarações da Google, tanto sobre a influência de cliques como de outras métricas. Além disso, no e-mail afirmava que tais documentos tiveram sua autenticidade confirmada por ex-funcionários da empresa.

Fishkin já atuou em otimização de mecanismos de busca durante muitos anos, sendo considerado um dos maiores nomes em SEO, embora atualmente ele não trabalha mais nessa área. Tanto que ele declarou que precisou de ajuda para analisar os aspectos técnicos da documentação chamada de “API Content Warehouse“. Ao todo são 2.500 páginas de um documento com 14.014 recursos dessa API.

Macblook mostrando pagina do Google. Foto de Pixabay.

Transparência da Google é questionada com esse vazamento

O vazamento de dados que expôs parte dos segredos comerciais da empresa colocam em xeque sua transparência. Segundo especialistas, esse vazamento questiona a versão pública da própria Google de como seu mecanismo de busca funciona. Isso porque parte das informações coletadas nesses documentos levam a crer que as métricas de engajamento do usuário, como o número de cliques que um site recebe, podem influenciar as classificações nos resultados de busca. Antes a empresa negava o uso de taxas de cliques (CTRs) para melhorar a posição dos resultados. O uso de CTR e métricas de engajamento são apenas alguns dos exemplos de contradição.

Nesse sentido, interpreta-se que o algoritmo de busca do Google pode estar se concentrando mais nesses dados de engajamento do que em fatores como a reputação da fonte. É claro que são interpretações que, embora sejam de alguns especialistas em SEO porém sem nenhuma confirmação por parte da empresa, se mostram com fundamentos.

O segredo do Google está decifrado?

Não necessariamente! Embora a documentação seja extensa, há de se saber que essas empresas implementam mudanças constantemente. O próprio Fishkin em sua publicação informou que não se pode ter certeza de que os documentos vazados são os mais atuais.

Além disso, o documento contém milhares de recursos dos quais muitos podem estar obsoletos, serem usados apelas para testes, projetos internos ou nunca terem sido realmente implementados. Portanto, são informações abertas a interpretações.

O vazamento das informações do buscador Google causou uma movimentação da mídia e virou tema de grande debate entre os profissionais de SEO. Embora esses documentos não revelem como realmente o Google classifica a listagem de páginas em seus resultados, eles dão ideia de algumas informações que a empresa coleta e pode levar em conta nessas classificações.

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Fonte: SparkToro, com informações de Experta Média e Época Negócios. Imagem de capa: Bastian Riccardi/Pexels