Resolvi acessar o serviço e testar a sua funcionalidade, e confesso que o resultado foi surpreendente para um chatbot.
Já não é de hoje que as pesquisas em Inteligência Artificial estão dando passos largos nos seus resultados. Afinal, no mercado já é realidade encontrar serviços totalmente baseados nesse ramo da ciência visto que os resultados têm sido bastante promissores. São pesquisas nas mais diversas áreas envolvendo IA, como sintetização de voz e geração de textos, análises científicas, geração e imagens entre outras.
O ChatGPT é o resultado de uma dessas pesquisas. O sistema foi criado pela startup OpenAI, a mesma que desenvolveu o Dall-E, outro sistema que utiliza Inteligência Artificial para gerar imagens e artes realistas a partir de uma descrição em linguagem natural.
Recentemente a empresa liberou o acesso ao público do ChatGPT e os detalhes deste teste você confere agora.
ChatGPT conversando naturalmente
Ao iniciar a conversa logo me surpreendi que poderia ser totalmente em português. Apesar da interface do site estar toda em inglês, o próprio robô me respondeu que poderia conversar em vários idiomas e ainda se justificou dizendo que era um sistema treinado por uma empresa de tecnologia.
Ao digitar o texto e enviar, o sistema leva alguns segundos para processar a resposta. Acredito que esse delay deve melhorar com o aperfeiçoamento do sistema, o que não é tão prejudicial.
Durante o “bate papo” tentei ser o mais natural possível e o sistema foi capaz de responder de forma bem similar. Claro que é notável a existência de algumas respostas um pouco direcionadas e com termos que sugerem ser pré-programados. Talvez isso se justifique como um possível cuidado da desenvolvedora em evitar respostas tendenciosas ou ofensivas. Por exemplo, perguntei o que ele achava de ser essa inteligência e a resposta foi algo como não ter opiniões ou sentimentos, por ser apenas uma inteligência artificial.
Algo parecido foi usado como justificativa quando perguntei se ele poderia um dia tomar o lugar de um ser humano.
O sistema também é capaz de dar respostas bem completas. Foi o caso quando perguntei como surgiu a IA, algo bem natural e que passou a sensação de ter um embasamento forte na sua resposta, embora a própria empresa aponte como limitação que as vezes o sistema escrever respostas que parecem plausíveis, mas incorretas e sem sentido.
O ChatGPT foi capaz de responder de forma bem natural, intercalando inclusive expressões mais diretas, como por exemplo na hora de se despedir. Embora minha conversa não tenha sido muito longa, as respostas parecidas com as de um ser humano foram surpreendentes e provam que as pesquisas estão no caminho certo para criar sistemas cada vez mais precisos nesse objetivo.
Sobre a OpenAI
A OpenAI é uma empresa de pesquisa em Inteligência Artificial sediada em São Francisco – Califórnia nos Estados Unidos, tendo como uma de suas investidoras a gigante Microsoft. Trata-se de uma instituição sem fins lucrativos que tem como missão promover e desenvolver Inteligência Artificial amigável para benefício da humanidade.
Os princípios de sua missão são descritos em um estatuto que ela descreve como um documento que reflete a sua estratégia baseada no feedback de muitas pessoas internas e externas.
A organização expressa preocupação com o estágio avançado no desenvolvimento de sistemas inteligentes se tornar uma corrida competitiva sem preocupações de segurança adequados, termos descritos no seu estatuto.
Como ter acesso?
Para ter acesso ao ChatGPT, basta que você visite o site https://chat.openai.com/ e faça o seu cadastro com uma conta de e-mail e senha. Alternativamente você pode logar com sua conta Google fornecendo as permissões necessárias.
Após se cadastrar, será necessário confirmar o recebimento de uma mensagem de e-mail que te levará a uma tela para informar seu numero de telefone. Em seguida deverá validar a veracidade através de um código enviado via SMS para o número informado.
O sistema apresenta em sua tela inicial três janelas de avisos antes de iniciar o chat.
Fonte: OpenAI
Créditos imagem de capa: Getty Images